segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Pouco mais de 3 anos

A NonSense – A Banda existe a 3 anos e alguns meses, algo como 4 ou 5 meses. Não sei se todos sabem, mas eu faço terapia. E com psiquiatra mesmo. Psicólogo é coisa de, sei lá, é para amadores. O que isso tem a ver? Algumas coisas. Vamos retomar, estamos a quase 3 anos e meio com essa banda e aonde chegamos? Isso foi assunto que tratei em minha terapia. Para mim, não tínhamos chegado a lugar algum. E vi, que mais uma vez estava em meus acessos de baixa auto-estima. Eu por exemplo, aprendi a tocar extremamente tarde, com 19 anos, e aprendi em meio a uma banda. Não sabia direito sobre música, mas já tinha uma banda. Isso me ajudou. E contando isso numa sessão, a minha terapeuta fez uma pergunta bastante simples, mas também intrigante. Se eu tivesse a oportunidade, de com 19, vislumbrar isso que sou hoje, eu seria meu próprio fã? Essa pergunta me deixou pensativo. Primeiro, porque muita coisa mudou desde que tive 19 anos. Idéias, conceitos, enfim, um universo de coisas. Precisei fazer um exercício um pouco especulativo. Me imaginei com 19, e concluí que sim, eu seria meu fã. Eu me idolatraria eu acho. Ta, legal, mas o que isso tem a ver com a banda? Tudo. Pois estendi essa espécie de especulação imaginativa para a posição que ocupamos hoje, como banda nessa história de música. Deixando a falsa modéstia de lado, é inegável o quanto crescemos. Na verdade, eu diria q estamos de parabéns. Uma vez a Ana e eu estávamos conversando sobre isso. Que inegavelmente temos méritos. Saímos literalmente do nada. Não nos conhecíamos, não sabíamos tocar muito bem nossos instrumentos, não éramos amigos de ninguém importante, não tínhamos noção de como se atuar para o público, nenhum de nós tinha feito uma música sequer na vida, não tínhamos pistolão nenhum. Éramos 4 pessoas ali, formando mais uma banda desconhecida como sempre. E 3 anos depois, estamos aí. E sempre tivemos apenas a nós mesmos e a alguns poucos, mas fiéis, colaboradores. Nada profissional. Na verdade ainda não chegamos nem perto de nada, nem do objetivo que é se sustentar com a banda. Mas é bom, nós mesmos, que somos nossos maiores e principais críticos, parar um pouco e saber que estamos fazendo um bom trabalho. Este ano que passou, 2008, foi o ano mais importante para a NonSense. Tocamos em festivais de maior porte, com bandas já um pouco mais conhecidas. Tomamos decisões importantes em nossas vidas particulares, que refletiu na banda. Finalmente nos pagaram para tocar em alguns shows que fizemos. Isso é quase surreal, sabe. Nós somos uma banda que toca só música própria, e alguém nos pagou para tocar somente nossos sons. É inacreditável, Que sensação maravilhosa! Fiz muitas das músicas que tocamos aqui no meu quarto, com meu violãozinho, anotei os acordes no papel, ou eu e o Charles bebendo vinho lá na casa dele. E rindo das bobagens que escrevíamos. E hoje essas bobagens é o que o pessoal escuta nos nossos shows. Como disse antes, a auto-estima não é o meu forte. No entanto, hoje eu tenho orgulho do que fiz e faço na banda. Muito orgulho mesmo. E isso é muito bom, pois ali com certeza, tá um pedaço de mim.

Sei lá porquê, mas tava tentando achar uma imagem para este post, e decidi colocar uma do Christopher Walken

4 comentários:

Charles Busker disse...

Pois então... na verdade fazem 3 anos e 7 meses.

Ótimo post, Cadu. Aproveitei a sessão nostalgia pra ver isso: http://nonsenseabanda.blogspot.com/2006/11/esse-s-um-poster-com-ana.html
O primeiro post no blog da NonSense.

Carol disse...

realmente, um post emocionante!muito do escancarado eu diria, mas emocionante!!
E que venha 2009!iahauaihuaia!!

beijo!

Paula disse...

Parabéns, Nonsense!

beijos
Paula

Anônimo disse...

Emoção!!