sem título (e daí)

Exatamente no dia 30/12/2007 (hoje completa 1 aninho), comprei minha primeira harmônica. Também conhecida como gaita de boca, é instrumento constituído basicamente por duas chapas metálicas montadas sobre uma estrutura de plástico ou madeira com pequenos vãos por onde o ar se desloca. Quando o ar é soprado em um orifício, uma palheta se move. Se for aspirado outra palheta se move. Desta forma são produzidas 2 notas diferentes. As gaitas que utilizo são conhecidas como diatônicas. Elas possuem apenas as notas da escala natural do tom em que estão afinadas. Para reproduzir as outras notas são necessário algumas técnicas.

Ao comprar a tal gaita de boca não tinha a mínima noção de como tocar (claro, eu sei que é só soprar e chupar). Mas me refiro à disposição das notas, técnicas para produzir efeitos e tudo mais. Fui pra praia com a gaita e um suporte para poder tocar violão e gaita simultaneamente. Fiquei tentando tocar e não fui lá muito feliz, vou ser sincero. Mas não desisti!

Ao voltar para Porto Alegre após as festas de fim de ano, fui visitar o Mestre Google. E assim comecei a descobrir os segredos deste instrumento divertido, elegante, portátil e simpático. Bends, vibratos, overblows... e comecei a aprender!

O primeiro vídeo que assisti foi esse:

O resultado, foi esse:

Quando fui pra rua pela primeira vez, não sabia tocar direito ainda. Mas fui assim mesmo! E tocando todos os dias, desafinando dezenas de gaitas ao longo de um ano, assistindo à centenas de vídeos acabei aprendendo um pouco. Posso dizer que já engano um pouco, mas sempre temos mais para aprender, é claro. Por exemplo, agora estou aprendendo a afinar as gaitas!! De qualquer forma, só queria desejar que 2009 seja muito bom para todos. Acredito que não será tão revolucionário para mim, como foi 2008, mas quem poderá saber? Para todos que acompanharam os shows e loucuras da NonSense - A Banda nesse ano, fica meu grande abraço. Para os que não puderam ir aos shows devido à distância ou outros fatores justificáveis, espero que em breve possam curtir nossas músicas ao vivo. Para os que ficaram se fazendo de leitão e não foram ao shows, vão tomar no cú.

Até a próxima!

Calor, último show do ano e agora é uma época meio xarope

Tá mais ou menos uns 42°C aqui em Forno Porto Alegre. Difícil de escrever e se concentrar. Mas para não passar batido, no sábado teve show em Sapiranga, no Bar do Morro, e estava muito satisfatório. Tocamos as músicas que estamos tocando nos último shows, incluindo as novidades The Legend Of Tcheco e a Oi Fernando. O Macaco Lhama deu as caras, ajudou o Charles a fazer slide na Felicidade. O pessoal da Fink Ployd gentilmente emprestou seus equipamentos caríssimos e muito bons, diaga-se a bem da verdade. Porque nem sempre o que é caro é bom (mas quase sempre o que é barato é uma bela porcaria). O Cabelo Joe nos recepcionou muito bem, muitas pessoas vieram falar conosco ao final do show. Foi tranquilo, bom, bacana, tomamos Serra Malte.

Festival da Fábrica e assuntos relacionados

Neste sábado tocamos no Festival da Fábrica. Foram mais de 50 bandas em 5 palcos distribuídos nos 4 andares do velho prédio. Tive a oportunidade de assistir a diversos shows, conversar com muitas pessoas e também subir e descer muitas escadas. Foi um show marcado pela devastação do palco no final da apresentação. Muito confeti e xiplim espalhado entre pedaços do teclado que foi destruído durante a execução da Felicidade. Cheiro de pólvora do foquete utilizado para fazer slide na guitarra e pedestais da bateria caindo sobre os membros da banda. Tudo aliado às fantásticas participações especiais de Macaco Lhama e João Marcelo, figuras tarimbadas no underground porto-alegrense. Cabe protestar sobre o desaparecimento da peruca favorita de João Marcelo, que após o show declarou: "É um absurdo como acontecem coisas terríveis quando ninguém está olhando." Gostaria de agradecer aos organizadores do evento que deram mais de 112% de si para que tudo desse certo (ou quase certo), especialmente ao nosso amigo Teimoso que estava em todos os lugares ao mesmo tempo. E também aos pessoal que prestigiou nosso humilde espetáculo: Paula, Eduardo e Adriana (que ficaram plantados esperando o show), as Pão com Bahh (levaram dezenas de marmanjos que foram atraídos pelas suas pernas), ao Red Devils (que amedrontaram os nerds de plantão), ao Jean Loregian (que permaneceu sóbrio), ao Thiago Barbosa (responsável pelas imagens que estão por aí) e aos demais ouvintes e telespectadores que injustamente não foram citados aqui... Obrigado também aos integrantes da NonSense. Sem eles esse show não seria possível. E o próximo é dia 20/12 no Bar do Morro em Sapiranga. Não perdam!! Levem suas famílias e animais de estimação!!

O nosso próprio cartaz!!

Festival da Fábrica - nós estaremos lá!! Tocando diga-se por sinal!!

Apareçam!!

Momento "Talvez...será?"

Outro dia tava lendo um livro, na verdade não tava lendo, tava folheando e lendo algumas coisas, e também não era um livro, era um quadrinho adaptado da obra do Marcel Proust. Bom, o que importa é que ele sempre achou a vida dele uma merda, era um fracassado mor, judeu, homessexual, só se dava mal. Bom, daí que no final da vida ele viu que todos aqueles anos de sofrimento eram na verdade os melhores que ele passou (na real to simplificando muito a moral da história, mas é só para ilustrar). Ele estava no meio do processo e não se dava conta. Neste fim de semana eu me dei conta disso. Que estamos no meio de um processo, no olho do furacão, e quem pode dizer que essa não é a melhor parte? Como saberemos?? Digo isso, porque neste fim de semana que passou, a banda foi viajar para Pelotas fazer um show. O show tava bom, acho que tocamos bem e tudo o mais, mas teve alguns problemas, como falta de público entre outras coisinhas. Mas tudo bem, isso acontece. Mas nos estressamos um pouco entre nós. Estamos discutindo cada vez mais e isso é normal, pois estamos querendo que tudo de muito certo, e para ontem. Isso gera atrito. Mas hoje fiquei pensando em uma coisa, será que essa não ta sendo a parte mais divertida do processo? Será que não é a viagem que importa e não o destino?? Hmmm... como saberemos??