segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Na verdade isto era para ser um comentário no post do Charles, mas como ficou muito grande, vou continuar o que o querido colega de banda estava abordando.
O cigano estava alto aquela noite, ele tava bem alto mesmo.
A canção que mais fez sentido de uma vez só, arrebatadora, q eu escutei e entendi tudo o que estava entrando pelos meus ouvidos foi Absolutely Free do Zappa, do inconcebível disco We're only in it for the money. Rolou o de sempre, mil repetições, choro, emoção, um novo mundo a minha frente. Coisas que eu poderia tocar de forma diferente, coisas que eu poderia dizer, era incrivel como uma música feita a quase 40 anos atras ia diretamente ao encontro do que eu pensava ( e penso ). bom, eu nãovou colocar imagem, nem titulo, sequer alguma cor diferente. To com bastante preguiça. Me dignei a pegar a letra da música e colar aqui. A em Inglês, quem nãosouber utiliza o dicionário.
I don't do publicity balling for you anymore...
The first word in this song is discorporate.
It means: to leave your body
Discorporate & come with me
Shifting; drifting
Cloudless; starless
VELVET VALLEYS & A SAPPHIRE
SEA: Wah Wah
Unbind your mind
There is no time
To lick your stamps
And paste them in
DISCORPORATE
And we will begin...WAH WAH!
Flower Power sucks!
Diamonds on velvets on goldens on vixen
On comet on cupid on donner & blitzen
On up & away & afar & a go-go
Escape from the weight of your corporate logo!
UNBIND YOUR MIND
THERE IS NO TIME
Boin-n-n-n-n-n-g
TO LICK YOUR STAMPS
AND PASTE THEM IN
DISCORPORATE
AND WE'LL BEGIN
FREEDOM! FREEDOM!
KINDLY LOVING!
YOU'LL BE ABSOLUTELY FREE
ONLY IF YOU WANT TO BE
Dreaming on cushions of velvet & satin
To music by magic by people that happen
To enter the world of a strange purple
Jello
The dreams as they live them are all
mellow yellow
UNBIND YOUR MIND
THERE IS NO TIME
Boin-n-n-n-n-n-g
TO LICK YOUR STAMPS
AND PASTE THEM IN
DISCORPORATE
AND WE'LL BEGIN
FREEDOM! FREEDOM!
KINDLY LOVING!
YOU'LL BE ABSOLUTELY FREE
ONLY IF YOU WANT TO BE
YOU'LL BE ABSOLUTELY FREE
ONLY IF YOU WANT TO BE
Agradecimentos a todos
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Quando as canções fazem sentido
Episódio de hoje: Bob Dylan
Existem aquelas músicas que tocam seu coração. Parece que a mensagem do autor é o que você quer ouvir naquele exato momento.

Outras canções (que muitas vezes você não entende uma palavra sequer da letra) mas que possuem uma melodia que faz até o mais bruto dos vaqueiros do Texas virar uma mocinha melosa.
Outras não possuem nem letra: um belo instrumental é o suficiente para despertar os sentimentos que se ocultam por debaixo daquela camada de frieza que você tenta demonstrar. E não estou falando de solos de sax do Kenny G ou de canções "mela cueca" do Love Songs da Cidade (com Arlindo Sassi).
Uma nota bem colocada num solo do David Gilmour, o timbre da guitarra do B.B. King ou até a gaita de boca esganiçada do Bob Dylan são capazes de fazer uma lágrima escorrer do seu olho esquerdo. O Hanson já me fez chorar, acreditem!
Isso me faz lembrar de uma história bem peculiar. Naquela noite 75% da banda estava reunida no bar Mediterrâneo (só faltava o Guigo). Estávamos lá tomando uma cerveja e tocando uma viola, quando adentra o recinto um senhor de cerca de 50 anos (eles já estava bem alto, se vocês me entendem).
Outras canções (que muitas vezes você não entende uma palavra sequer da letra) mas que possuem uma melodia que faz até o mais bruto dos vaqueiros do Texas virar uma mocinha melosa.
Outras não possuem nem letra: um belo instrumental é o suficiente para despertar os sentimentos que se ocultam por debaixo daquela camada de frieza que você tenta demonstrar. E não estou falando de solos de sax do Kenny G ou de canções "mela cueca" do Love Songs da Cidade (com Arlindo Sassi).
Uma nota bem colocada num solo do David Gilmour, o timbre da guitarra do B.B. King ou até a gaita de boca esganiçada do Bob Dylan são capazes de fazer uma lágrima escorrer do seu olho esquerdo. O Hanson já me fez chorar, acreditem!
Continuamos tocando e ele pediu: "Toca Creedence!". Tocamos. "Toca Led". Tocamos. "Toca The Doors". Tocamos também.

No fim das contas ele tirou um baralho de tarot do bolso e leu nossa sorte. Não posso contar o que ele disse, pois afinal, ele pediu segredo. E ainda nos convidou pra comer uma galinhada na casa dele. Em todo caso, tenho o endereço dele anotado, caso alguém se interesse para uma consulta...
E o Bob Dylan? Este é o motivo pelo qual estou escrevendo hoje. Quando as canções fazem sentido. Sem utilizar nenhuma forma metafórica ou filosófica, ontem presenciei a canção "Knockin' on Heavens Door" enquanto a ouvia, no meio da rua. Aí está ela...
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Visões de Porto Alegre
Parte 1
Pior a emenda...
Seguindo pela Av. Farrapos o cenário já muda um pouco: muita sujeira espalhada pelas ruas, o fluxo de caminhões e ônibus parece querer acabar com todo e qualquer ciclista que tente se arriscar a disputar um metro de asfalto com eles. Também é a região do meretrício. Já vi muita cena estranha por ali. Também vi este belo anúncio:
Sigo meu caminho observando a paisagem e curtindo Stone Free do Mr. Hendrix nos fones de ouvido. Ela me faz sentir como se eu tivesse guiando uma Harley-Davidson 1969! Após uma manobra arriscada na esquina da Rua Garibaldi a paisagem começa a ficar mais agradável: ruas arborizadas, ar fresco e uma bela subida para testar meu fôlego. Mas a recompensa virá em breve.
Na Av. Osvaldo Aranha circulam alguns maloqueiros, roqueiros, hippies, punks e mods que de alguma forma se encaixam no som que estou ouvindo. Os Beatles dando lição de moral em Revolution (se bem que prefiro a #9).
Ah, finalmente: Lancheria do Parque. Vamos hidratar o corpinho!
Abacaxi ou melancia? Manda os dois!
Bom, agora é hora de seguir o caminho e adentrar o parque Farroupilha. Misto de maconheiros, velhinhas com cachorros hiper-ativos, malabaristas e intelectualóides de plantão. Quando você está no centro do parque já não ouve mais os carros e ônibus freneticamente indo para qualquer lugar. Na verdade para todos os lugares. Aonde quer que você vá, lá eles estarão! Só um pouquinho. Aqui não. Aqui é meu econderijo ( ou quase isso).
Após descansar o corpo e colocar as idéias no lugar, é hora de voltar pra casa. Quem está me incentivando a seguir em frente agora são os Mutantes. Chegou a hora de Desanuviar! Encarar o vento no rosto, as árvores, a subida, a descida, as meretrizes, a sujeira, o barulho, os caminhões e a escadaria do meu prédio...
E após essa pequena jornada me sinto pronto pra começar mais uma vez. E até quem sabe contar alguma história mais interessante na próxima vez.
Após um período afastado das postagens, volto agora com força total! Vou aproveitar o dia de hoje para compartilhar algumas imagens que vejo por aí.
Quando estou no lombo da bicicleta minha percepção se aguça. Primeiramente, em relação aos veículos inimigos. Segundamente, em relação aos ambientes que percorro. É impressionante a diferença entre os bairros: são pequenas cidades isoladas entre si e interligadas apenas pelo fato de estarem dentro de Porto Alegre, por exemplo.
Saio da minha casa (no bairro Humaitá) e o que vejo são crianças brincando no meio das ruas, alguns casebres ao longo da Av. A.J. Renner e esgotos transbordando. Faço todo o esforço do mundo para não passar naquela "água". O Creedence toca Tombstone Shadow em meus ouvidos. E então vejo isto:
Quando estou no lombo da bicicleta minha percepção se aguça. Primeiramente, em relação aos veículos inimigos. Segundamente, em relação aos ambientes que percorro. É impressionante a diferença entre os bairros: são pequenas cidades isoladas entre si e interligadas apenas pelo fato de estarem dentro de Porto Alegre, por exemplo.
Saio da minha casa (no bairro Humaitá) e o que vejo são crianças brincando no meio das ruas, alguns casebres ao longo da Av. A.J. Renner e esgotos transbordando. Faço todo o esforço do mundo para não passar naquela "água". O Creedence toca Tombstone Shadow em meus ouvidos. E então vejo isto:

Sigo meu caminho observando a paisagem e curtindo Stone Free do Mr. Hendrix nos fones de ouvido. Ela me faz sentir como se eu tivesse guiando uma Harley-Davidson 1969! Após uma manobra arriscada na esquina da Rua Garibaldi a paisagem começa a ficar mais agradável: ruas arborizadas, ar fresco e uma bela subida para testar meu fôlego. Mas a recompensa virá em breve.
Na Av. Osvaldo Aranha circulam alguns maloqueiros, roqueiros, hippies, punks e mods que de alguma forma se encaixam no som que estou ouvindo. Os Beatles dando lição de moral em Revolution (se bem que prefiro a #9).
Ah, finalmente: Lancheria do Parque. Vamos hidratar o corpinho!

Bom, agora é hora de seguir o caminho e adentrar o parque Farroupilha. Misto de maconheiros, velhinhas com cachorros hiper-ativos, malabaristas e intelectualóides de plantão. Quando você está no centro do parque já não ouve mais os carros e ônibus freneticamente indo para qualquer lugar. Na verdade para todos os lugares. Aonde quer que você vá, lá eles estarão! Só um pouquinho. Aqui não. Aqui é meu econderijo ( ou quase isso).
Após descansar o corpo e colocar as idéias no lugar, é hora de voltar pra casa. Quem está me incentivando a seguir em frente agora são os Mutantes. Chegou a hora de Desanuviar! Encarar o vento no rosto, as árvores, a subida, a descida, as meretrizes, a sujeira, o barulho, os caminhões e a escadaria do meu prédio...
E após essa pequena jornada me sinto pronto pra começar mais uma vez. E até quem sabe contar alguma história mais interessante na próxima vez.
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